Puberdade precoce

Você já ouviu falar em puberdade precoce?

 

Dizemos que uma criança pode estar com a puberdade precoce quando surgirem caracteres sexuais secundários antes da idade esperada, ou seja, meninas com seios e pilificação em genitais antes dos 8 anos e meninos com pilificação em região genital e aumento dos testículos antes dos 9 anos.

 

Na maioria dos casos de meninas com puberdade precoce, de 80 a 90% dos casos, não há necessidade de nos preocuparmos, por não haver doença de maior gravidade subjacente. O mesmo não podemos dizer no caso de meninos com puberdade precoce, pois esta precocidade pode estar relacionada a alguma patologia mais severa.

 

Há muitas teorias procurando explicar o porquê deste amadurecimento precoce das crianças, em especial meninas, pois para cada menino com puberdade precoce há de 8 a 10 meninas com precocidade. Serão os hormônios das carnes? Os estrógenos do frango? Produtos químicos como o bisfenol (BPA)? Maquiagens, plásticos de canudos e de mamadeiras que podem desorganizar o sistema endocrinológico? Hoje, há rótulos de mamadeiras e outros produtos para bebês com o escrito, “sem bisfenol” (sem BPA).

 

Há muitos trabalhos investigando a responsabilidade destes ou daqueles produtos, mas não há nada ainda de concreto que possa nos dizer qual a causa real. É difícil dizer o quanto a exposição ambiental possa estar contribuindo na puberdade precoce das nossas crianças.

 

Nos casos em que houver uma causa para esta puberdade precoce, a criança deverá ser tratada pelo profissional competente como primeiro passo para reverter esta precocidade. Por sorte, a maioria das vezes a criança não apresenta nenhuma outra patologia responsável por isto. Nestes casos, o tratamento será instituído visando evitar transtornos futuros, porém isto será avaliado pelo pediatra que, juntamente com o endocrinologista pediátrico e os pais, decidirão a melhor conduta para o caso. Por isso, sempre que houver alguma dúvida, é melhor levar seu filho ou filha ao pediatra para uma avaliação.

 

Precisando de ajuda, estamos sempre por aqui!

Forte abraço,

 

Dr. Tomaso Pina